CRISMAR

O PAI ESCOLHE, O FILHO CHAMA, E O ESPÍRITO ENVIA...

ORAÇÃO


Espírito Criador! Com o Pai fazeis fecundo O solo imenso do mundo, Pra nos dar trigo e flor.Bendito sois noite e dia Por tão grande doação.Fonte sem fim de alegria, São matérias pro nosso pão.

Espírito Criador! Foi dom de vossa bondade Encher-nos de habilidade, Pro trabalho, Senhor.Com o Pai Vós sois bendito, Porque dais à nossa mão,Com poder que é quase infinito, Continuar a Criação.

Espírito Criador! Bendito sempre sejais, Por tudo isso; e bem mais, Pelo imenso dom do Amor. Pela força no terreno, Pelo dom de fazer pão, Por esse impulso sereno Pra nos pôr em comunhão.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Conhecendo Jesus, Parábola do Pai Misericordioso.



Rembrandt Harmenszoon van Rijn

The return of the prodigal sonc. 1662 (210 Kb);

Oil on canvas, 262 x 206 cm; The Hermitage, St. Petersburg


Pai Deus,
Ensina-nos a sermos mais que servos observantes.
Ensina-nos a sermos fiéis amantes.
A servidão escraviza. O Amor Liberta!
E somente Tu, meu Bom Pai, pode libertar-nos de nosso egoísmo
E fazer-nos amor. Amém!


Rembrandt Van Rijn é um dos mais expressivos e brilhantes pintores da história da arte européia. Trabalhou na tradição da arte protestante holandesa e nunca abandonou a terra natal. Mostrou um novo tipo de percepção: ninguém antes dele fez as coisas comuns da humanidade parecerem tão profundamente sérias e interessantes. Nos seus quadros sobre episódios históricos e bíblicos, assim como nos retratos de contemporâneos, Rembrandt parece ir direto ao coração. A sua percepção pode ter sido baseada na exploração de si próprio, pois pintou a sua imagem repetidas vezes. Nasceu em 15 de julho de 1606 (tradicionalmente) mas provavelmente em 1607 em Leiden, Países Baixos.
(fonte: Wikipédia)
O Quadro acima intitulado de "O Regresso do Filho Pródigo", Rembrandt pintou-o dois anos antes de morrer. Revela-nos a sua auto-concepção, seu retrato interior nos últimos anos de sua vida, na pobreza, quando aguardava seu retorno para casa do Pai Misericordioso. Mais do que uma comum concepção da Parábola Bíblica, transcende sua própria representação para imprimir à alma dos que a apreciam a condição humana e o amor Divino do Pai Misericordioso. Embora palavras não possam traduzir a magnitude da obra, podemos de longe fazer uma pequena viagem nas imagens que falam por si mesmo.
A escuridão posta por detrás das costas do Pai, é uma representação de uma vida passada, de sofrimentos e trevas. A escuridão é dissipada à presença do Pai. A Luz projetada a partir do Rosto da figura Paterna reflete no rosto dos filhos e iluminando toda a cena. Deus Pai é Luz!
Na representação do abraço com que acolhe o filho, a mão esquerda é uma mão de traços masculinos posta sobre os ombros do filho, quer conferir-lhe força, enquanto a mão direita, feminina, desce a altura do coração, compreendendo-lhe as misérias como só uma mãe é capaz de fazê-lo. É a representação de Um Deus que é Pai e Mãe, que coloca-se ao lado das misérias do coração dos filhos.
É impressionante o contraste entre a riqueza do vestuário do Pai e da miséria do filho. O Manto vermelho, esta é a cor mais forte do quadro, posto sobre os ombros daquele, quer representar-lhe todo o amor que se curva e encobre o filho. Os olhos cansados do Pai refletem a longa espera pelo filho dia após dia. Olhos de paciência e sabedoria de um ancião satisteito e sábio.
O rosto do filho mais parece o de um feto colocado sobre o colo do Pai. Representa o renascimento, daquele filho que estava morto. Sua roupa e seus pés são de alguém que cuidava de porcos, de alguém que desceu ao último degrau da existência humana. Revela a caminhada desgastante do seu retorno. Está ajoelhado porque está cansado, abatido. Está humilhado, arrependido, mas, confiante.
Quem sabe na mochila que traz não carregue o peso do arrependimento por ter abandonado a casa do Pai?
A figura do Filho mais velho, tem nas mãos um bastão perpendicular representando sua retidão, seu apego às normas, como Fariseu que representa. A luz do rosto do Pai quer iluminar também este filho, que mantém-se distante do Irmão e do Pai, não sai-lhes ao encontro. Retrata uma auto-perfeição, incapaz de sair de si mesmo, incapaz de compreender um amor que busca e perdoa.
Por fim as outras pessoas representadas representa a comunidade da casa do Pai, que comemora com ele o retorno do filho pródigo.
A Obra é de tamanha magnitude e expressividade, que nenhuma palavra é capaz de representá-la com fidedignidade. Digamos que têm plena razão Van Gogh:
"Para pintar assim - dizia Van Gogh - É necessário ter morrido várias vezes."
Por: Rosilene Santos
Texto baseado nos ensinamentos do nosso Amado Pe. Ignácio.

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